Informativo Nº 3
“Soluções inteligentes para Segurança e Saúde da Empresa e dos Trabalhadores”
Ano I – nº 3 Dezembro de 2018 - 3º Edição
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Prezados Leitores:
Com o objetivo de divulgar
informações e esclarecer dúvidas relacionados aos temas Segurança do Trabalho, Saúde
Ocupacional, Meio Ambiente e Bem Estar, seguimos, este mês, com a série de informativo
abordando o assunto Saúde Ocupacional LER/DORT.
Lembro que aceitamos
sugestões de temas relacionados aos tópicos acima descritos.
O que é LER/DORT
A sigla LER - Lesões por Esforços Repetitivos
- é a tradução de um termo internacional, criada para identificar um conjunto de
doenças que atingem músculos, tendões, nervos e articulações principalmente dos
membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraço e braços) e eventualmente membros
inferiores e coluna vertebral (pescoço, coluna torácica e lombar), decorrentes de
sobrecarga do sistema musculoesquelético no trabalho.
A sigla DORT - Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho também é a tradução de um termo internacional e tem sido
adotada pelo INSS desde 1998. Em linhas gerais, do ponto de vista técnico, tem o
mesmo significado de LER. Porém, a revisão da norma técnica do INSS de 1998, ao
tempo em que alterou a terminologia, trouxe restrições de direitos previdenciários.
Assim, os termos LER e DORT têm sido utilizados como sinônimos.
As LER/DORT são consideradas doenças do trabalho e equiparadas ao acidente
do trabalho para todos os efeitos e garantias de direito do trabalhador segurado
da previdência social. E, neste sentido, faz-se necessária a abertura de CAT a
partir do momento em que o Médico do Trabalho atesta a doença.
Com o advento das tecnologias como computador,
smartphones, etc., os casos de LER/DORT aumentaram significativamente, chegando
a ser 11% de todas as causas de afastamentos do trabalho em 2017, segundo o
Ministério do Trabalho.
Diagnóstico de LER / DORT
As LER/DORT abrangem doenças do sistema musculoesquelético cuja ocorrência
é decorrente de sobrecarga no trabalho.
Abaixo relacionamos algumas doenças que podem ter relação com o trabalho
e podem ser consideradas LER/DORT.
Tenossinovite e Tendinite
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Inflamação de tendões
e suas bainhas
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Epicondilite -
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Inflamação de músculos
e tendões do cotovelo
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Bursite -
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Inflamação das bursas
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Miosites ou síndrome
miofascial -
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Inflamação de grupos
musculares de forma isolada ou de várias regiões do corpo
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Síndrome do túnel
do carpo -
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Compressão do nervo
mediano no nível punho
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Síndrome cervicobraquial
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Dor difusa em membros
superiores e região cervical
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Síndrome do desfiladeiro
torácico -
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Compressão do plexo
braquial (nervos e vasos) na região da 1ª costela
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Doença de Quervain
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Inflamação da bainha
de tendões do polegar
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Cisto Sinovial -
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Tumoração esférica
no tecido perto da articulação ou tendão
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Tratamento LER/DORT
Como a doença está relacionada ao sistema musculoesquelético e ao
movimento deste, o afastamento do trabalho é muitas vezes necessário, pois significa
poupar o trabalhador da exposição aos fatores de risco (esforços repetitivos, pressões,
excessos no ritmo e na jornada de trabalho etc.) e propiciar-lhe maior disponibilidade
de tempo para realização do tratamento.
O tratamento dos pacientes com LER/DORT deve ter como objetivo melhorar sua
qualidade de vida, propiciar alívio dos sintomas e recuperar a capacidade de trabalho.
No tratamento das LER/DORT, deve haver atividades informativas, que auxiliem
o paciente a se transformar em sujeito ativo em sua recuperação e controle clínico.
Vários recursos terapêuticos podem ser utilizados, entre eles medicamentos, homeopatia,
acupuntura, fisioterapia, eletrotermoterapia, massoterapia, cinesioterapia e técnicas
de terapias corporal e ocupacional e psicoterapia.
É indispensável que haja uma abordagem interdisciplinar, pois nenhum profissional
de saúde detém todos os conhecimentos e recursos para desenvolver um programa de
tratamento e reabilitação.
As imobilizações têm indicações restritas e não devem ocorrer por períodos
prolongados, pois favorecem o surgimento de outros problemas no membro afetado.
O uso de órteses de posicionamento deve ser cuidadoso e orientado por profissional
competente.
Exemplos de dispositivos de imobilização ortopédica:
A cirurgia raramente traz melhora ao paciente sendo, geralmente, identificado
como um dos fatores de piora de dificuldade para retorno ao trabalho.
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